sábado, 9 de julho de 2011

Bandido preso em Ibaiti pode ser da “Gangue do Maçarico”

Olimar Gonçalves de Oliveira, de 20 anos de idade (foto) é um dos bandidos presos na operação da Polícia Militar que impediu um furto em um caixa eletrônico do banco Bradesco na cidade de Jaboti na madrugada de quinta-feira (7).

O bandido foi capturado na cidade de Jaboti e deveria ficar preso no SECAT de Tomazina, responsável pela Comarca, porém a carceragem tomazinense não possui segurança para esse tipo de criminoso. Oliveira foi transferido então para a carceragem da 37ª DRP de Ibaiti, porém a carceragem ibaitiense também não possui segurança adequada para o bandido. Várias tentativas de fuga já ocorreram na cadeia ibaitiense. Construída para abrigar apenas 12 presos, o SECAT de Ibaiti está com uma superpopulação de mais de 60 detentos. Constantes tentativas de fugas ocorrem na cadeia. Outra situação que requer muita segurança é que o preso em questão deverá responder o processo na comarca de Tomazina. Toda vez que for requisitado pela Justiça uma grande escolta de policiais deverá conduzi-lo em viaturas para aquela cidade, colocando em risco vidas de pessoas inocentes no trajeto.


O radialista Cesar de Melo que apresenta um programa de grande audiência na rádio Colinas FM criticou duramente a decisão de trazer o bandido para o município de Ibaiti. “O povo de Ibaiti não tem nada a ver com isso” disse o radialista. “A cadeia de Ibaiti também não oferece condições para abrigar bandido desta natureza. Isto coloca em risco nossos policiais e pessoas inocentes que passam em frente a delegacia todos os dias para ir trabalhar”, completou Cesar de Melo ao vivo em seu programa na manhã desta sexta-feira.


Há informações que o bandido preso em Ibaiti possa fazer parte da “Gangue do Maçarico”, quadrilha altamente perigosa que agia em todo o Brasil furtando caixas eletrônicos.




Na semana passada uma operação realizada pelo COPE (Centro de Operações Policiais Especiais) da Polícia Civil em conjunto com a Polícia Militar de Curitiba prendeu várias pessoas acusadas de fazerem parte da quadrilha. Entre os presos estão dois policiais. Um policial civil aposentado e um policial militar da ativa que trabalhava no serviço de atendimento do 190.


As investigações realizadas pela Delegacia de Furto e Roubos (DFR) da capital apontam que a quadrilha presa em Curitiba contava com integrantes do Paraná, Santa Catarina e São Paulo.



“Os cabeças são de Santa Catarina e cooptavam integrantes nos estados onde pretendiam atuar”, contou Rodrigo Brown de Oliveira, delegado chefe da DFR.


De acordo com a polícia, o grupo preso em Curitiba é responsável por pelo menos sete arrombamentos ocorridos no Paraná neste ano (seis em Curitiba e um, em Palmeira, região de Ponta Grossa). Há suspeitas que a quadrilha possua células espalhadas pelo interior do estado.



O veículo apreendido em Jaboti é de Mafra, Estado de Santa Catarina o que reforça a possibilidade dos membros que tentaram furtar o banco em Jaboti pertence a tal quadrilha. Nesta sexta-feira pela manhã a Polícia Militar encontrou em um matagal, abandonado pelos bandidos em fuga, várias ferramentas, entre elas, furadeiras com base magnética, serras, brocas, alavanca, extensão elétrica, um transformador, soprador, luvas de couro, equipamentos de maçaricos. O material apreendido reforça ainda mais a possibilidade da quadrilha que agiu em Jaboti ser uma célula da “Gangue do Maçarico”.

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